Por Phelipe Reis
A pandemia fortaleceu a crença religiosa nos EUA, Espanha e Itália, enquanto a Coreia do Sul indica um enfraquecimento. Os apontamentos são resultados de uma pesquisa feita com 14 mil pessoas, em quatorze países, pelo Pew Research e noticiado pela Christianity Today. O objetivo do estudo foi analisar como a Covid-19 afetou a vida religiosa nesses países: Austrália, Bélgica, Canadá, Dinamarca, França, Alemanha, Itália, Japão, Holanda, Espanha, Coreia do Sul, Suécia, Reino Unido e Estados Unidos.
Os Estados Unidos apresentam a maior porcentagem de pessoas que dizem ter tido a fé fortalecida durante a pandemia. No lado oposto, a Coreia do Sul é o país em que mais pessoas afirmam que a fé enfraqueceu no mesmo período. Segundo o estudo, este sentimento de fortalecimento da fé se deu entre os entrevistados que disseram que a religião era “muito importante” em suas vidas. Isso incluiu 49% dos fiéis espanhóis, 45% dos americanos, 44% dos italianos e 40% dos canadenses.
A pesquisa também mostrou que para um terço dos entrevistados o relacionamento familiar havia se fortalecido como resultado da pandemia. Cerca de 4 em cada 10 espanhóis, italianos, americanos, britânicos e canadenses relataram isso, assim como 3 em cada 10 belgas, franceses, australianos e suecos. Os alemães lideraram entre aqueles que disseram que as relações familiares enfraqueceram (13%), seguidos pelos belgas (11%) e coreanos (10%).
Outro aspecto revelado pela pesquisa é que na maioria dos países as pessoas eram mais propensas a dizerem que a fé religiosa dos outros havia se fortalecido, mas não afirmavam o mesmo sobre sua própria experiência. Na Holanda, por exemplo, apenas 7% dizem que sua fé foi fortalecida, mas 17% dizem que a fé de outros holandeses se tornou mais forte.
Ainda observando este aspecto coletivo, os coreanos apresentaram a maior porcentagem dos que dizem que a fé em seu país enfraqueceu (17%), seguidos pelos americanos (14%) e depois pelos italianos, belgas e alemães (10%). O secretário-geral da Associação de Missões Mundiais da Coreia, Yong J. Cho, disse à CT que esse dado da Coreia do Sul reflete que o país possui uma “sociedade fortemente orientada para o grupo” e que as igrejas coreanas valorizam muito a adoração comunitária, como um elemento essencial da adoração. Neste sentido, a restrição às reuniões presenciais por causa da pandemia criou esse sentimento de enfraquecimento da fé entre os coreanos.
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Fonte: Ultimato
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